O que busco é aquele ponto exato em que não há contradição e onde se dissolvem todas as tensões.
Sempre à espreita, tento captar aquele átimo de segundo - que outrora vi - em que, de repente, tudo faz sentido.
Ou talvez aquela fissura no espaço (no tempo?) - milimétrica - que permite a integração do que era e do que será.
Onde se escondeu, se um dia foi tão óbvia sua existência?
Por que foi que acordei daquele sono seguro que apagava os porquês? Ou será que agora é que durmo?
Salvador Dali, "A persistência da memória"