Falido: Declarado em falência; fracassado, arruinado. / Palavra: Vocábulo provido de significação.
domingo, 14 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Madonna col bambino e due angeli
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Criei um outro blog, só para mostrar meus postais e falar sobre eles. O que não impede que volta e meia eles também apareçam por aqui, sob outros enfoques.
sábado, 25 de julho de 2009
Da América, um Hokusai
Assim sou levado a descobrir o pintor japonês que nessa obra assina como Katsuhika Hokusai e que viveu entre 1760 e 1849. A obra chama-se “Fuji Seen in the Distance from Senju Pleasure Quarter [Edo]”, algo como “O Fuji visto à distância do Senju Pleasure Quarter” e faz parte de uma série chamada “Thirty-Six Views of Mt Fuji”, “Trinta e seis visões do Monte Fuji”.
A gente pode se perder nessa gravura, há tanta coisa nela, você viu?: os homens, fazendo sei lá o quê, a plantação de arroz, as casas, e, sim, o sempre hipnótico Fuji.
O que você notou primeiro?
domingo, 31 de maio de 2009
Ave, Gioconda! (Ou A Evolução - Intertextualidade)

By Mon Bijou, 1998


By Moi, 2009

Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Dois gatinhos e uma pintura
E o outro, enviado por uma finlandesa que mora na Suécia, traz uma pintura de uma artista do país natal da remetente, chamada Saija Hairo. O quadro chama-se "Raskasta ja kevää", que significa "Pesada e só", segundo o Google Tradutor. Gostei imenso destas cores e da combinação entre elas (o cartão-postal tem exatamente este tamanho):
Cada vez mais, simpatizo com esse lugar chamado Suomi, que de tempos em tempos me manda coisas simples e belas em papel cartão.
Fazia tempo que eu não mostrava postais recebidos. Os Correios brasileiros estão lentíssimos desde o final do ano passado. Por causa disso, os postais enviados daqui demoram meses para chegar a outros países e, por conseguinte, tenho recebido postais com muito menos freqüência.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Madonna e Jesus
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Se você sonha com nuvens
lubrificando passagens ressentidas[1]
Os dois versos acima constituem um poema independente publicado no livro Inéditos e dispersos, de Ana Cristina Cesar. Neles, o signo verbal aparece com a capacidade de colocar em movimento, por seu poder de lubrificação, “passagens ressentidas”, expressão de certa ambigüidade: ressentidas significa que essas passagens são marcadas pelo ressentimento ou que elas são sentidas novamente? De qualquer forma, há o reconhecimento de uma certa propriedade pertencente à palavra, a de aliar-se a outros signos adquirindo, assim, novos significados, que é colocada em prática em “Se você sonha com nuvens” (bordado sobre voile, 1991), de Leonilson.

O primeiro apelo da obra é certamente visual: o que vemos é uma cruz, símbolo universalmente conhecido, ainda que ligado a significações plurais. Essa cruz não é de madeira, nem de metal como estamos habituados a ver. É uma cruz de tecido branco: um pedaço de voile com bainhas forma a parte vertical da cruz, sobre o qual um outro pedaço menor e também com bainhas é costurado, formando a parte horizontal. Sobre o pano, foram bordadas duas frases em preto. Na parte vertical da cruz lemos: “Se você sonha com nuvens” (que corresponde ao título da obra). E na parte horizontal, escrito de baixo para cima: “A distância entre as cidades”. Finalmente, a última coisa a ser vista é a existência de quatro furos nas extremidades superiores da cruz, a permitir que ela seja pendurada numa parede.
A cruz, além de tantas outras significações a ela associadas, é o símbolo mais difundido do cristianismo, sendo sua origem o instrumento de tortura e morte empregado pelos romanos e com o qual Cristo foi morto, segundo os Evangelhos. A cruz simboliza, então, ao mesmo tempo, o sofrimento e a redenção alcançada por meio dele. Embora o signo da cruz remeta imediatamente à religião cristã, ele possui significados bem mais antigos e mais amplos que podem ser evocados para a leitura dessa obra:
O significado arquetipal do símbolo da cruz é sempre o da conjunção dos opostos: o eixo vertical (masculino) com o eixo horizontal (feminino); o homem com a mulher; o superior com o inferior; o tempo com espaço; o ativo com o passivo, o Sol com a Lua, a vida com a morte.[2]
Além disso, o signo da cruz vincula-se modernamente a outros significados, como a morte (devido a seu uso fúnebre) e o socorro médico-hospitalar, além de constituir o símbolo da adição na matemática. Portanto, a apropriarção do signo da cruz carrega a obra de uma gama de possíveis significações. Mas a presença de outros elementos constituintes da obra vai operar também uma ressignificação desse signo.
O fato de essa cruz ser confeccionada com tecido, e um tecido leve e delicado como o voile, dissolve, de certa forma, o caráter religioso da cruz, fazendo-a perder sua imponência e majestade de insígnia cristã, tornando-a frágil e suscetível a ser rasgada e suja. O pano branco que é a matéria-prima dessa cruz pode, também, ressaltar seu aspecto “hospitalar”, tanto por sua alvura quanto por remeter à gaze com que se limpam as feridas e se fazem curativos. Além disso, a sua brancura torna-a como que esvaziada, apagada de sentido e passível de ser preenchida com a escrita, com as idéias e a interpretação de alguém, como o faz o próprio autor ao inserir nela suas frases. Ao fazê-lo, ele aponta não para uma harmonização e integração dos opostos, da qual a cruz seria símbolo, mas justamente para a tensão entre eles.
Assim, as duas frases inseridas na cruz seriam pontos de vista e estados mentais opostos e inconciliáveis. De um lado, o sonho com nuvens, o universo da fantasia, do devaneio, do otimismo onde tudo é possível e não existem barreiras ou privações. Do outro, o mundo concreto e repleto de contradições, feito pelas mãos humanas e representado pela cidades, distanciadas entre si por um espaço que jamais é preenchido. Pode-se até buscar refúgio em um estado de eterno sonho, mas não esperar que do sonho resulte a solução dos conflitos existentes, pois “se você sonha com nuvens”, “a distância entre as cidades” permanece.
Pode-se afirmar, então, que o signo da cruz resta completamente desconstruído: primeiro, perde sua força e seu caráter redentor, depois, mostra-se incapaz de conciliar opostos, restando-lhe apenas utilidade como curativo para feridas advindas, justamente, da não-redenção e da não-conciliação. Ao inserir na cruz apenas duas frases, deixando nela ainda muito espaço em branco, o autor convida que cada um imprima nela sua própria leitura, sua própria ressignificação. Ao utilizar-se do bordado para escrever, atribui sentido ao símbolo não de forma bruta e impositiva, como o fazem os líderes (homens), mas com a delicadeza, silêncio e suavidade das bordadeiras. Finalmente, os furos que tornam a obra apta a ser pendurada na parede permitem que ela seja ali ostentada como os crucifixos de madeira, prata ou ouro que adornam ou templos ou outras repartições, religiosas ou não. Assim, o artista oferece a esses lugares uma cruz despida de alguns de seus traços tradicionais, como a rigidez do material, e revestida de novas significações. Uma cruz leve, “dócil” e maleável, que aceita inclusive ser vista simplesmente como uma... cruz.
[1] CESAR, 1998, p.87
[2] PELLEGRINI, Luís. Cruz: símbolo da união dos opostos. Planeta - Símbolos Esotéricos. São Paulo: Ed. Três. n. 129A. Jun. 1983. p. 10-13
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Hedonista
"Literatura não é documento, foi Ana mesmo quem disse"
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
16 de agosto: Dia de Santa Madonna
)
sábado, 21 de junho de 2008
Viajando pelo Pantanal
Uma desculpa eu tenho e vai ser o tema desse post. É que tenho andado ocupadíssimo a assistir à novela que o SBT, por uma idéia brilhante de Silvio Santos, recolocou no ar. Pantanal, a novela da extinta TV Manchete, produzida em 1990 e que se tornou um dos maiores clássicos (senão o maior) da teledramaturgia brasileira. Pantanal é daquelas coisas sobre as quais sempre ouvi falar, mas que nunca havia tido a oportunidade de ver.
Pantanal é absolutamente cinematográfica. Não é uma novela como as outras. Apresenta imagens lindíssimas, trilha sonora impecável, diálogos precisos, personagens emblemáticas e uma trama absolutamente envolvente. O ambiente selvagem, exótico, natural, invade nossa casa a cada vez que a novela começa. Cada capítulo é uma viagem de exploração à Natureza. A natureza selvagem e a natureza humana. A natureza brasileira e a natureza universal.
Fico feliz que Pantanal esteja obtendo bons índices de audiência e colocando o SBT na frente da terrível Rede Record, cujas produções de dramaturgia nem mesmo são dignas desse nome. É mais uma lição que aquela época envia à nossa, tão superficial e vazia...

P.S. Hoje, Solstício de Inverno, Yule
terça-feira, 27 de maio de 2008
Minha vida de cão (My so-called life)

Abertura do seriado:
P.S. Caso alguém chegue aqui buscando um link para download da trilha sonora oficial do seriado, AQUI tem o tal link. E caso alguém se interesse, AQUI tem um link para um site bem legal feito por fãs sobre a série (em inglês)
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Epílogo
Vídeo de autoria de Maria Flor do Brasil, inspirado no "Epílogo" do livro "Luvas de Pelica", de Ana Cristina Cesar
[1] 1. VIEGAS, Ana Cláudia. Bliss & Blue – Segredos de Ana C. São Paulo: Ed. Annablume, 1998
*Trecho de um ensaio de minha autoria, cujo título é "A arte como ilusionismo em Ana Cristina e Leonilson"
quarta-feira, 30 de abril de 2008
A indefinível arte de Leonilson

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Veja mais obras do artista no site do Projeto Leonilson
domingo, 13 de abril de 2008
Piaf - La Môme

domingo, 2 de março de 2008
Ouvindo... Baby Consuelo

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Britney, a musa underground

sábado, 9 de fevereiro de 2008
Padres Nossos



(Gracias a Mariana, que falou dos padrecos no blog dela e garantiu que eu postasse alguma coisa nesse sábado preguiçoso e sem inspiração....)
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Puros e duros
