quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Eu sou esse momento

Nunca tinha ouvido falar do filme "Poder além da vida" ("Peaceful warrior", Victor Salva, Alemanha/EUA, 2006) até alguns dias atrás quando o vi na locadora, simpatizei com sua capa e sinopse e resolvi locar. Nem sabia, ao locá-lo, que era baseado em um livro, "O caminho do guerreiro pacífico", de Dan Millman, ginasta norte-americano que narra sua história de auto-superação após sofrer um acidente que quase acabou com sua carreira. Confesso que, quando o filme iniciou e li na tela: "baseado em fatos reais" e "inspirado no romance tal", meu alarme-preconceito soou. O nome do filme em português já não soava bem; essas duas informações adicionais pioraram: preparei-me para encarar um filme cheio de clichês e pieguice.
Entretanto, ele conseguiu surpreender-me pela qualidade. Não há melodrama, heroísmo banal ou modelos politicamente corretos, embora alguns clichês se façam presentes, como um certo heterossexualismo (inverossímel, em se tratando de ginastas olímpicos...) e puritanismo (que impediu que o ator principal fosse plenamente "aproveitado"...). Mas o grande feito do filme foi conseguir sintetizar - intencionalmente ou não - a essência do pensamento budista nas lições do velho Sócrates, que, ao final do filme, nem sabemos se existe ou se é uma ilusão de Dan. De qualquer forma, o que Dan aprende é que nossa mente desregulada e cheia de desejos e ilusões é a causa de todo sofrimento. Limpar a mente, despi-la de desejos e concentrá-la no momento presente é a chave para a libertação e a superação de qualquer obstáculo. No filme há uma fala que resume bem tudo isso:
"Onde estou?
Eu estou aqui.
Que horas são?
É agora.
Quem sou eu?
Eu sou esse momento."


Parece banal, mas não conheço ainda alguém que viva na prática essa filosofia de vida.

2 comentários:

Leandro disse...

Olá! Vi pelo orkut que você procura por parcerias. Se estiver interessado tenho um blog sobre animes. O endereço é http://subeteanimes.blogspot.com
Caso queira a parceria mande um e-mail para nisishimaleandro@msn.com

Johny Farias disse...

Bacana Diom, nunca vi o filme
cara, mas se é calcado dentro
dos ensinamentos budista vale a pena. Nesse aspecto, eu já me acho mais no Hinduismo Bhagavad Gita,
Mahabharata, Krishna...e por acaso
gosto disso pelo Gandhi, depois de ler um livro sobre ele a alguns anos, comecei a me achar no hinduismo, mesmo apesar de ser agnóstico.

abs