Deu na Folha Online:
E a repressão aos protestos, pelo que se diz, foi violenta e já está provocando ampla repercussão mundial.
É triste ver o que acontece nessa região onde floresceu uma das culturas mais singulares da humanidade, com toda a sua riqueza espiritual. Assim como é triste ver que o país que desponta como nova potência mundial, a possível sucessora dos Estados Unidos, demonstra que, se essa substituição dos EUA pela China de fato se confirmar com o tempo, talvez hajam poucas mudanças no que se refere ao belicismo e ao imperialismo. A China revela-se ao mundo como repressora e ditadora, e o controle à informação através do bloqueio a sites da internet é só mais uma face dessa postura. O pior de tudo são as tentativas de erradicar da face da terra a identidade cultural tibetana, cerceando a liberdade de expressão, controlando os monges e a religião do Tibete e impondo os padrões culturais chineses aos tibetanos. Não entro na questão geopolítica ou no debate sobre se o Tibete pertence por direito à China ou não, embora me pareça estranho que uma região com uma identidade cultural tão forte e uma história tão própria forme uma unidade com a nação chinesa...
No meio de tudo isso, soam extremamente sábias as palavras do Dalai Lama ao denunciar que está um curso o que ele chama de um "genocídio cultural": a cultura do Tibete corre perigo, e todas as nações deveriam se unir em prol dela nesse momento.
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