Campanhas publicitárias da Justiça Eleitoral e do Governo são, invariavelmente, insuportáveis. Dói saber que algum publicitário espertalhão enche os bolsos com dinheiro público para produzir essas pérolas do mau-gosto.
Certamente todo mundo já viu o anúncio televisivo repetido à exaustão em todos os canais: numa sala de aula, uma professora faz seus alunos conjugarem em todas as pessoas a frase: "Eu estou de olho." Entre os alunos, que vão sendo focalizados em closes que se alternam com planos de conjunto enquanto repetem a tal frase, há pessoas de todos os tipos: homens e mulheres, jovens e velhos, brancos e negros. "Atores" cuidadosamente escolhidos para representar todas as classes de eleitores... E a professora é negra, seguindo o clichê presente nesses anúncios, que sempre colocam pessoas negras em posições de destaque, numa forçação de barra comparável à do sistema de cotas nas universidades. (Como se isso fosse contribuir para diminuir as desigualdades sociais entre etnias...)
Num outro anúncio, exibido também exaustivamente pelas TVs, vemos uma mulher bem-apessoada, num ambiente que lembra uma redação de jornal ou uma empresa, recitando para a câmera o mesmo discurso empregado pelo narrador do primeiro anúncio. Sempre me pergunto: quem é essa mulher e o que ela faz ali? E ainda: por que a câmera movimenta-se para o lado enquanto ela fala? Aliás, na publicidade oficial, e até nos pronunciamentos dos governantes, é sempre assim: enquanto eles falam, a câmera move-se vagarosamente para o lado (ou é o cenário do fundo que se move?). A intenção desse movimento não consigo entender: será uma mensagem subliminar ou uma espécie de hipnose?
Por falar em hipnose, a professora daquele anúncio parece querer hipnotizar seus alunos com aquela frase. E a Justiça Eleitoral parece querer hipnotizar a nós todos, fazendo-nos assumir a culpa pelos crimes e desserviços dos políticos eleitos. Segundo ela, a culpa é nossa, pois nós não ficamos de olho...
Certamente todo mundo já viu o anúncio televisivo repetido à exaustão em todos os canais: numa sala de aula, uma professora faz seus alunos conjugarem em todas as pessoas a frase: "Eu estou de olho." Entre os alunos, que vão sendo focalizados em closes que se alternam com planos de conjunto enquanto repetem a tal frase, há pessoas de todos os tipos: homens e mulheres, jovens e velhos, brancos e negros. "Atores" cuidadosamente escolhidos para representar todas as classes de eleitores... E a professora é negra, seguindo o clichê presente nesses anúncios, que sempre colocam pessoas negras em posições de destaque, numa forçação de barra comparável à do sistema de cotas nas universidades. (Como se isso fosse contribuir para diminuir as desigualdades sociais entre etnias...)
Num outro anúncio, exibido também exaustivamente pelas TVs, vemos uma mulher bem-apessoada, num ambiente que lembra uma redação de jornal ou uma empresa, recitando para a câmera o mesmo discurso empregado pelo narrador do primeiro anúncio. Sempre me pergunto: quem é essa mulher e o que ela faz ali? E ainda: por que a câmera movimenta-se para o lado enquanto ela fala? Aliás, na publicidade oficial, e até nos pronunciamentos dos governantes, é sempre assim: enquanto eles falam, a câmera move-se vagarosamente para o lado (ou é o cenário do fundo que se move?). A intenção desse movimento não consigo entender: será uma mensagem subliminar ou uma espécie de hipnose?
Por falar em hipnose, a professora daquele anúncio parece querer hipnotizar seus alunos com aquela frase. E a Justiça Eleitoral parece querer hipnotizar a nós todos, fazendo-nos assumir a culpa pelos crimes e desserviços dos políticos eleitos. Segundo ela, a culpa é nossa, pois nós não ficamos de olho...
6 comentários:
Talvez seja uma publicidade clichê. Mas não acredito que o governo queira colocar a culpa no povo. Acredito sim que eles estejam tentando mostrar serviço.
Acho válido a parada de "estar de olho". Não que fazendo isso irá mudar algo imediatamente. Mas pelo amor de Deus, quantos corruptos não conseguiram se reeleger pelo voto direto. Isso é descado da população e não do governo.
Podem dizer o que quizerem, mas eu estou de olho.
Concordo em parte. Não acho que o comercial quis passar que a culpa seja nossa, mas sim, que não adianta só votarmos porque somos obrigados e depois não fazermos nada para que o nosso candidato escolhido, faça os nossos direitos valerem.
Temos que ficar de olho sim.
Mas o publicitário soube realmente escolher os personagens para o comercial.
http://maynabuco.blogspot.com
Quem tem que ficar de olho é a Justiça Eletoral, não eu...
E os eleitos devem cumprir suas obrigações mesmo que eu não esteja de olho...
Essa propaganda é uma das piores mesmo.Mas eu sempre rio com a atuação da professora, a cada frase, ela gesticula de maneira diferente. rs
Bom, quanto à politica, prefiro nao comentar, simplesmente ignoro-a.
Muito bom seu blog,
voltarei mais vezes.
Abs
Bom, primeiro de tudo eu num assisto muito TV e num sei de que propaganda se trata, fica complicado opinar sobre uma coisa que o cê num sabe né?
Mas pelo o que o cê falou, parece ser terrível essa propaganda, o governo poderia encher o meu bolso e me contratar pra fazer esses clichezinhos de porcaria.
N�o vi essa publicidade por isso
sou suspeito de falar, mas em rela�o a pol�tica e justi�a eleitoral, solto logo meu tiro
pois sou anarquista.
Teu blog t� muito bom cara,
mistura muito boa, bem e mal,
me lembra muito. Nietzsche.
Posso te linkar?
abs
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