terça-feira, 17 de março de 2009

Clodovil, morte sentida

De tantas mortes choradas coletivamente, a do Clodovil é especialmente significativa.
Foi-se um ícone do século passado que permaneceu até nossos dias. Ícone da contradição, da controvésia, e, sobretudo, da sensibilidade. Clodovil era a sensibilidade ao extremo, a sensibilidade sem limites, a sensibilidade que a tudo domina. Homem mais feminino do que muita mulher e com mais hombridade que muito machão.
Foi-se mas fica, impregnado que estará no inconsciente coletivo do povo. Foi-se, espantosamente, no dia do aniversário de Elis Regina, cantora de cuja amizade ele tanto se orgulhava e de quem tão freqüentemente falava. Assume, ao lado dela, seu posto na eternidade de nosso imaginário.

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