sexta-feira, 24 de abril de 2009

Mais homo do que sapiens


De Portugal, Hazel oferece-me um selo em troca da resposta a uma pergunta:

"O que significa para si ser um Homo sapiens?"

Respondo: Ora, significa que, se somos homo, não somos hétero! (O sapiens é pura falta de modéstia. Mais sapiens do que nós são as lombrigas!)


O selo deve ser repassado a outros 7 blogs, que cito a seguir (e que devem fazer um post como este para ter direito ao selo):







quinta-feira, 23 de abril de 2009

Cores de Taiwan (ou Coincidência)

Recebi hoje 2 postais vindos de Taiwan. Os dois tiveram o mesmo tempo de viagem, 11 dias. E ambos trazem fotos com belas combinações cromáticas de azul e amarelo.

Este mostra o "Danshuet Fisherman's Wharf", em Taipei. Amanhã coloco a imagem do outro, que mostra uma montanha chamada Jade Mountain.


terça-feira, 14 de abril de 2009

Sons de Planeta 2 - Compartilhando



Essa foto aí em cima é a capa do primeiro CD que eu comprei, mais de 13 anos atrás. Com exatidão: em dezembro de 1995. "Sons de Planeta 2 - O melhor da new age & world music" veio encartado na revista Planeta daquele mês e traz, como o subtítulo diz, uma coletânea de música new age e world music.

Muito viajei com, nas a e através das músicas desse álbum. Para o adolescente de 15 anos que eu era, essas músicas abriam portais para mundos desconhecidos. Eram a trilha sonora perfeita para minhas noites de leitura solitária ou de contemplação das estrelas pela janela do meu quarto.

O álbum começa com um canto neo-gregoriano, com sinos misteriosos. Em seguida vêm as 7 cores do arco-íris, com trovão, som de chuva e sintetizadores deliciosos que me transportavam imediatamente para um dia de chuva e sol. Depois vinham as cítaras que me levavam à Índia, sucedidas pelos grilos e sapos que me chamavam ao Pantanal. Surgia então uma canção numa língua que nunca identifiquei e da qual só compreedo uma frase . Depois entrava em uma manhã de domingo que antecipava a levitação embalada por um violão poderoso, sucedido por uma outra língua misteriosa em deliciosa voz e com deliciosos tambores. Logo após, restava a calmaria quase monótona do lago e o grande final que misturava o gregoriano aos os tambores africanos.

Tomei gosto por essa música diferente, que mistura velho e novo e acredita em portais e em outros mundos. Depois a mesma revista lançou a coleção "Planeta Nova Era" que trazia sempre uma coletânea como essa, que compartilho hoje com quem quiser experimentá-la.



Sons de Planeta 2 - O melhor da new age e world music



1. Graduale (Corciolli)

2. The 7 colors of the rainbow (Mannheim Steamroller)

3. Asas da Luz (Luz da Ásia)

4. Noite (Marcus Viana)

5. Tanto quer Santa Maria (Freiburger Spielleyt)

6. Sunday morning breeze (Chip Davis)

7. Levitation (Peter Ratzenbeck)

8. Modé Ani (Fortuna)

9. Lago (Ed Ribeiro Lima & Cia)

10. Agnus Dei (Religare).



Download: Parte 1 e Parte 2


segunda-feira, 6 de abril de 2009

Morte anfíbia

Hoje quando acordei senti um desconforto na garganta. Como se houvesse algo intalado lá dentro. E realmente havia. Quando abri a boca, lá de dentro saltou um sapo. Um sapo gordo, verde e gosmento. Um nojento e repulsivo sapo. Como ele foi parar lá dentro não sei. Só sei que quase vomitei, pois sempre tive asco e até medo desses animais feiosos. Ele saltou, caiu no chão e olhou ao redor. Olhou para mim, e olhei para ele. Foi então que notei que havia algo amarrado às costas do sapo. Um papel amarelado e dobrado. Intrigado, aproximei-me do sapo para tentar pegar o papel e descobrir do que se tratava. Seria uma carta, um bilhete, talvez um prêmio de loteria?
Mas foi em vão. Ao perceber minha aproximação, o sapo saltou para longe, assustado. Foi pulando em direção à janela e escapou. Corri para a janela. Não avistei mais o anfíbio. Ia já desistindo de saber o que haveria no papel, quando o enxergo no chão da calçada. Ao passar pela grade de proteção da jenela, o papel devia ter se enroscado e se desprendido do corpo do bicho. Corri lá para fora, peguei o papel e o desdobrei. Era uma folha de caderno grande. E nela estava desenhado a caneta um mapa. Um mapa de meu bairro! Reconheci os nomes das ruas e vi assinalado com uma cruz em vermelho o local correspondente à minha casa. Além disso, havia outro local assinalado com uma cruz e a palavra "paraíso". Eu não tinha certeza, mas parecia-me que esse outro lugar marcado correspondia a um grande terreno desocupado, onde há campo e alguns remanecentes de mato.
Depois de tomar apressadamente meu café da manhã, resolvi ir verificar se minha impressão era verdadeira. Tomei o mapa e segui a orientação pelos nomes das ruas ali indicadas. Foi fácil chegar ao local indicado como "paraíso". Era realmente onde eu pensava, não muito longe de minha casa.
Fui entrando naquele terreno com uma leve sensação de que algo de diferente aconteceria. Há uma estradinha que desemboca na rua e que leva ao campo. No fim da estradinha, há um pequeno riacho que é preciso atravessar para continuar o caminho. Algumas pedras servem de ponte para essa travessia. Quando pisei na segunda pedra, desequilibrei-me, caí e bati violentamente a cabeça em outa pedra. O choque foi tão grande que fiquei desacordado, com a cabeça submersa sob 30 centímetros de água daquele ridículo riacho. Morri afogado e quase sem dor. Morri sem saber os porquês daquele sapo em minha garganta, daquele mapa naquele sapo e daquele "paraíso" escrito no mapa.
Mas como, então - se perguntará o leitor que tiver chegado até esse ponto da narração - como então ele pode estar narrando essa história, se morreu antes que pudesse contá-la? Esse mistério é de fácil solução. Acontece que, antes de sair de casa, tive um pressentimento de que algo de fatal se passaria comigo nessa minha saída. Prevenido que sou e para que os motivos de estar nesse lugar na hora de minha morte fossem conhecidos de todos, escrevi de antemão minha bizarra sina que o leitor acaba de acompanhar.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Fora do tempo

Até agora há pouco (são 17h51min) eu jurava que hoje era feriado. Achei que fosse hoje Sexta-Feira Santa. Ontem fiz compras no supermercado pensando no feriadão. Bem que achei estranho que o vizinho da frente, que tem uma eletrônica de conserto de televisores, estivesse trabalhando em pleno feriado. Quando olhei o calendário descobri que o feriado é só semana que vem. Surreal, não? Ando numa misantropia tamanha que só vejo a passagem do tempo pela programação da TV. (Lembrei do Homer Simpson perguntando-se como saberia em que hora do dia ele está sem a televisão).
Ontem quase postei um texto falando de Quinta-Feira Santa, inspirado pelo filme do Cazuza que passou na TV e me lembrou de Jesus, fazendo-me pensar em vida e morte. A preguiça impediu-me. Como semana que vem não haverá Cazuza na TV, esse texto está cancelado...
Mas então domingo nem é Páscoa!!! E eu que já comi os chocolates todos!!