domingo, 31 de maio de 2009

Ave, Gioconda! (Ou A Evolução - Intertextualidade)

By Leonardo Da Vinci, 1503



By Marcel Duchamp, 1919

By Andy Warhol, 1963

By Giovanopoulos, 1989



By Mon Bijou, 1998


By Mauricio de Souza, 19??






By Moi, 2009






Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
By Murilo Mendes, 19??


quinta-feira, 14 de maio de 2009

Diretamente do lixo...

Dedicado à Hazel


Vez ou outra a Hazel mostra lá na Casa Claridade as plantinhas e objetos que ela resgata do lixo, o Sr. Lixus, como ela chama. Desde que comecei a ler o blog dela, passei a estar mais atento em relação às coisas que poderia encontrar como presente do acaso.

Pois ontem, voltava eu de uma ida ao supermercado, quando deparei com uma pilha de bugigangas largadas em uma calçada à espera do caminhão do lixo. Imediatamente, bati o olho em uma cesta de palha que lá estava e para a qual teria uma utilidade muito importante: guardar minhas inúmeras caixas de incenso. Acontece que justamente na hora em que eu passava, uma senhorinha, também conhecedora das surpresas que pode nos fazer o Sr. Lixus, estava a examinar aquelas tralhas. Fiquei com vergonha de travar uma disputa com ela (afinal, ela tinha chegado primeiro!) e segui meu caminho, tendo em mente voltar ali mais tarde e torcendo para que ela não levasse minha desejada cesta. E não levou mesmo! Dei a volta na quadra e, quando cheguei novamente ao local, lá estava a cestinha toda sorridente me esperando.

E aí está ela, posando para foto, orgulhosa da mistura de perfumes que agora exala por guardar meus preciosos incensos! Dá até vontade de enchê-la de caixinhas novas e sair com ela a vender incensos nas ruas, como um hare krishna...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Pour moi (ou Incorporando)

Ando sem vontade de escrever aqui. Aliás, sem vontade de quase nada. Já é outono, o inverno quer se anunciar. Não deveríamos também hibernar? Algum de meus genes diz que sim.
Hoje eu só queria incorporar ao blog este clipe da Enya, que é tão singelo e cuja canção é simplesmente tocante. O clipe me passa a idéia de alguém estagnado, que assiste à passagem do tempo sem saber o que fazer com ela, sem reação mas sem desespero, contemplativamente. Mas procurei, procurei, e só achei essa versão remix do clipe. (Eu adoro a parte da música que é assim um "nãrararê, nãrare, nirurarare...")




O blog é como um corpo. Um corpo que vai incorporando (em que vou incorporando) coisas. Ele é mais para mim do que para outrem.
Ninguém vai entrar aqui e assistir ao clipe da Enya. O clipe está aí para mim. Assim como os contadores de visitas, os "blogs que leio", onde vejo os que foram atualizados e que posso espiar, e até o layout. É um corpo virtual, com coisas qui me plaisent. E agora me agradaria hibernar um pouco, donc... Who can say where the road goes where the day flows Only time And who can say if your love grows as your heart chose Only time Who can say why ...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

O fim do mundo já passou

Os milenaristas do final do século passado tinham razão. Confirmou-se sua tese de que o mundo acabaria na passagem de um milênio para o outro. Talvez muitos nem tenham percebido, mas aquele mundo terminou mesmo. Não desapareceu de uma só vez, mas findou-se aos poucos.

Lá por 95 as coisas começaram a dissolver-se, esfumaçar-se. O mundo foi sendo povoado por presenças ausentes e ausências presentes, vozes onipresentes, olhos oniscientes, corpos fantasmagóricos e fantasmas corporeificados, textos sem autor e autores sem texto.
Em 97 o fim era iminente. E em 98 o Fim começou a exterminar o que havia. Em 2001 tudo estava consumado.




Eu devia ter morrido em 97

Tenho quase certeza que eu não sou daqui.

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