sábado, 12 de abril de 2008

Elogio da marginalidade

Tenho alma marginal. Sempre tive, sempre terei. É dos marginais que gosto, com eles que me identifico. Meus heróis morrem de overdose, AIDS ou suicídio. E vivem como malditos.
Odeio cerimônias de casamento e a hipocrisia dos padrões comportamentais. Feitos um para o outro até que a morte os separe (Graças a Deus, amém.) Abomino os executivos bem-sucedidos, os profissionais-modelo, os que sobem de cargo, os que são eleitos por maioria de votos e os estudantes de direito e administração. Vomito em cima dos mais vendidos, dos mais comprados, dos mais tocados, dos mais visitados, dos mais ricos, dos mais bem-vestidos, dos mais famosos.
Tenho ojeriza da baladinha freqüentada pelas mocinhas arrumadas e cheirosas e pelos caras que querem fodê-las no fim da noite (preferindo que fosse no começo) em cama de motel. Prefiro a rua escura às 4 da manhã e a cerveja no gargalo bebida na sarjeta em frente ao bar 24 horas, perto dos bêbados, dos maconheiros e dos cães.
Minha glória é estar à margem. Meu prazer é desprezá-los e rir de tudo o que eles elegem como bom.

Se uma leve camada de hipocrisia não cobrisse o apodrecido tronco da nossa moderna civilização, que horrendo espectáculo não se depararia à nossa vista! (Paolo Mantegazza)

2 comentários:

Rodrigo disse...

Parece legal xD

qro assistir


Blog Silence

Thiago dos Reis disse...

penso exactamente o contrário. hahahahaa