domingo, 13 de abril de 2008

Piaf - La Môme


Assisti ontem ao filme que, no Brasil, recebeu o título "Piaf - Um hino ao amor", e cujo título original é "La Môme". O filme que conta a vida da cantora francesa Edith Piaf, uma das maiores ídolas daquele país e mundialmente conhecida. Dona de uma voz imponente e autora de interpretações colossais que se tornaram referência para inúmeros cantores, Piaf teve uma vida conturbadíssima, desde sua infância em extrema pobreza até a morte prematura, acelerada em decorrência do consumo de álcool e drogas.
O filme recebeu o Oscar de melhor atriz nesse ano, e não há como não concordar que Marion Cottilard merecia o prêmio. Piaf parece ter encarnado nela: seu rosto transfigura-se, seu corpo todo transmite a vibração e a visceralidade da cantora, seu rosto hipnotiza nas cenas em que Piaf aparece cantando. O filme conquista, sim, mas , na verdade, quem conquista é Edith: seria muito difícil fazer um filme ruim com uma personagem tão boa interpretada por uma atriz excelente. O filme é Edith, Edith é o filme.
E quem é Edith? Edith é "la môme", a criança, a adolescente, aquela que põe toda sua alma, todo seu corpo em tudo o que faz. É aquela que sente no mais profundo de seu espírito o vazio de sentido da vida para depois descobrir a plenitude na entrega total, no amor desmedido, no abandono de si. Um dos momentos mais tocantes do filme é a cena em que ela sai para jantar com o lutador Marcel, por quem ela se apaixona e com quem vive um romance mesmo ele sendo casado. O olhar apaixonado de Edith/Marion, seu encantamento perante o homem amado é tão doce, tão ingênuo e comovente que, por si só, justifica o nome do filme. Já a cena em que ela fica sabendo que seu amado morreu na queda de um avião é de uma carga emocional tamanha que, diante dela, fico sem ter o que dizer.
Li comentários na internet contando que, em vários lugares do Brasil, as exibições do filme nas salas de cinema eram aplaudidas de pé pelas pessoas. Também li relatos de sessões em que, ao término do filme, os espectadores simplesmente permaneciam sentados, mudos, petrificados diante do impacto da cena final e do filme como um todo. Não estamos mais acostumados a contemplar a verdadeira arte, a arte visceral, a entrega completa, a vida transformada em eternidade. Por isso ficamos paralisados quando, de alguma forma, ela se manifesta a nós.

3 comentários:

Thiago Borges disse...

Tô louco pra ver esse filme...
Só esperando estar disponível um dia na locadora ¬¬

E a temática do teu blog é interessante e sempre rende boas discussões!

Parabéns...
Abraços

Anônimo disse...

Vou procurar esse filme e te responderei quando terminar de assistir.

O melhor comentário que tive no meu post de hoje!
Vou tentar seguir as suas palavras!
Obrigado!

http://hikaridream.blogspot.com/

Fran... disse...

oi! eu não ainda esse filme..vou ver se assisto.