domingo, 9 de março de 2008

A Lua


O Arcano XVIII do Tarô, A Lua, é um arquétipo do inconsiente humano, aquela parte de nossa natureza que fica oculta na maior tempo e que só vem à tona por meio de uma luz refletida, os lampejos que a consciência lança esporadicamente sobre ela. Nessa parte de nosso ser residem nossos instintos, nossa energia caótica e pulsante, que pode conduzir-nos tanto a realizações sublimes quanto à destruição. Não por acaso, é durante a noite, através dos sonhos, que mergulhamos nesse mundo regido pela Lua.
Ao mesmo tempo, a Lua nos fala de instabilidade, de provisoriedade. Ela muda constantemente em seu eterno ciclo através das 4 fases, e, assim como muda sua aparência, altera também sua influência sobre a terra e sobre os homens.
O inconsciente e os instintos precisam ser controlados, precisam estar a serviço do indivíduo e não contra ele. Para isso, é necessário atravessar o lago das emoções, vencer o monstro aquático que aí se aloja, para depois ainda lutar contra as duas feras caninas que guardam o acesso à cidade sobre a qual a Lua reflete sua luz.

A Lua é sempre um alerta contra as ilusões em qualquer aspecto da vida humana e um convite ao auto-conhecimento e à investigação da verdade que se esconde por detrás das aparências.
Nessa semana, o Tarô lhe convida a esse processo, caro leitor, e é por isso que você está lendo, agora, esse texto. Numa evidência da sincronicidade, estamos na Lua Nova, fase em que ela oculta-se no Céu. Oculta no Céu, ela quis aparecer aqui, a mim e a você...

Um comentário:

Johny Farias disse...

É a manifestação de Nuit,
por acaso escrevi algo relacionado com isso no último texto.

Abs